sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Arte Gótica

No século XII, entre os anos 1150 e 1500, tem início uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade e apareça a burguesia urbana.
No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução profunda na arte de projetar e construir grandes edifícios.

ARQUITETURA

Notre-Dame de Paris
A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.
A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas. 
A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os  séculos XII e XIV. 
Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que filtram a luminosidade para o interior da igreja. 
As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres. 

ESCULTURA

As esculturas estão ligadas à arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando verticalidade, alongamento exagerado das formas, e as feições são caracterizadas de formas a que o fiel possa reconhecer facilmente a personagem representada, exercendo a função de ilustrar os ensinamentos propostos pela igreja.
  









PINTURA

A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no início do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura o realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas, quase sempre tratando de temas religiosos, apresentava personagens de corpos pouco volumosos, cobertos por muita roupa, com o olhar voltado para cima, em direção ao plano celeste.
Os principais artistas na pintura gótica são os verdadeiros precursores da pintura do Renascimento (Duocento):
* Giotto  - a característica principal do seu trabalho foi a identificação da figura dos santos com seres humanos de aparência bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser mais importante das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no Renascimento.
Obras destacadas: Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis (Itália) e  Retiro de São Joaquim entre os Pastores.





O Casal Arnolfini, de Jan Van Eyck
* Jan Van Eyck  -  procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um cuidado com a perspectiva, procurando mostrar  os detalhes e as paisagens. 

Obras destacadas: O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.








VITRAIS

A arquitetura gótica fez surgir o interesse pelos vitrais. O Abade Suger de Saint-Denis sublinhava sempre o efeito miraculoso produzido pelos janelões nas igrejas góticas, como em Saint-Denis e na Catedral de Chartres. Com o tempo, o vitral passou a ocupar o lugar da iluminura, como forma pictural dominante. O majestoso Habacuc, na Catedral de Bruges, em uma das janelas da série com profetas no Velho Testamento, está diretamente ligado ao estilo de Nicholas de Verdun. A construção dos vitrais requeria um planejamento metódico dos projetos, para o qual não havia precendentes na pintura românica. Os procedimentos de construção de vitrais podem ser estudados em parte na obra de Villard de Honnecourt, arquiteto que trabalhou em 1240. O período de 1200 a 1250 pode ser considerado a idade de ouro dos vitrais. Com o tempo, a iluminura recuperou seu espaço. Entretando, sua elaboração foi profundamente influenciada pelo vitral e pela escultura em pedra.

ILUMINURA

Nas novas iluminuras, como no Saltério de São Luís, verifica-se a preocupação com o enquadramento, muito parecido com o dos vitrais. Até o século XIII, a produção das iluminuras estava confinada aos mosteiros. Então, pouco a pouco, a produção é transferida para as oficinas urbanas, criando-se uma arte profana. Alguns membros dessa nova linhagem de iluminadores é conhecida, como o Mestre Honoré, que, em 1295, pintou as miniaturas do Livro das Horas, de Filipe, o Belo.
As iluminuras ao norte dos Alpes forma muito influenciadas pelos grandes mestres italianos, como Duccio. As drôleries são um traço característico da iluminura gótica setentrional. Seu repertório abrange uma vasta gama de motivos: a fantasia, a fábula, o humor grotesco, etc.

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